
Sinopse
Na primeira noite de um cruzeiro, um grupo de pessoas de personalidades e países diferentes sentam-se à mesma mesa. Uma grande viagem, a roçar a realidade, expõe a vida e os segredos e anseios de cada elemento do grupo. Personagens interessantes – onde se inclui a visita de um corvo sábio –, e acontecimentos imprevistos, as histórias vão-se desfiando e as surpresas sucedendo: passados incomuns, confissões inesperadas, pungentes paixões, tensão dramática, desfechos surpreendentes.
«Marés de Paixão» é um romance fulgurante que nos faz apaixonar e perturbar pelos protagonistas e pelos mistérios da vida humana.
Extras
Resumo final na apresentação do livro, feito por Sandra Santos (28 de Outubro de 2023):
Concluindo, se tivesse de caracterizar este romance, utilizando uma só frase, diria que “Marés de Paixão” é a vida a acontecer. Tal como na vida real, no decurso da leitura desta obra, conhecemos pessoas, tecemos pensamentos sobre elas, enganamo-nos a seu respeito, confirmamos suspeitas, sentimos empatia por algumas, repúdio por outras, rotulamos, estereotipamos, percebemos que não o deveríamos ter feito, somos surpreendidos pela bizarria de algumas situações, apercebemo-nos da comum naturalidade de outras... E, no fim, quando tudo aquilo que sentimos se tranquiliza, quando a diegese atinge o seu auge para depois cair nas águas calmas de um oceano em apaziguamento consigo próprio, eis que somos arrastados por uma onda severa que nos arranca a serenidade para nos colocar no rosto um esgar de espanto, uma perturbação, sem a qual a literatura, como qualquer outra arte, não atingiria o seu fim.
Adaptando as palavras de Isabelle Huppert, a propósito da sétima arte, digo eu que também a literatura existe para perturbar o espírito. Se uma obra literária não tiver a capacidade de nos perturbar, de nos fazer refletir, de promover a mudança em nós, então, não terá, na minha opinião, atingido o seu fim último. "Marés de Paixão" perturba-nos.