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Sinopse

Em «A Festa do Chibo» assistimos a um duplo regresso. Enquanto Urania Cabral visita seu pai em Santo Domingo, somos transportados para 1961, quando a capital Dominicana ainda se chamava Ciudad Trujillo. Aí, o homem que nunca transpira, oprime três milhões de pessoas, ignorando que uma transição maquiavélica para a democracia está a tomar forma. Num clássico contemporâneo, Mario Vargas Llosa relata o fim de uma era dando voz, entre outras figuras históricas, ao impecável e implacável general Trujillo, apelidado de Chibo, e ao calmo e inteligente doutor Balaguer (eterno presidente da República Dominicana). Com uma precisão difícil de superar, Llosa mostra que a política pode consistir em abrir caminho entre cadáveres, e que uma pessoa inofensiva pode tornar-se uma dádiva aterradora. 
O inegável talento do autor para manejar conflitos, criar tensões, descrever situações, revelar as razões humanas que se ocultam por detrás dos factos históricos, criando personagens que inspiram repugnância e compaixão, resulta numa narrativa poderosa que nos leva aos últimos círculos do inferno numa descida aterradora. 
Um romance magistral e surpreendente, que revela Mario Vargas Llosa no seu melhor.

Comentários


A mostrar os últimos 20 comentários:

Carlos Porfirio , 04/01/2018 09:36

Trinta e um anos de ditadura Trujillo, o Benfeitor, o generalíssimo, o deus dos dominicanos. O relato da perseguição e das represálias que sofreram os autores do assassinato do ditador. Atrocidades inimagináveis, acontecimentos pavorosos que nos tiram o sono. Uma obra sublime.

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